Como falar sobre Criatividade?
Eu pretendia apresentar uma forma criativa de falar sobre criatividade, o que, além de redundante e, talvez, metalinguístico, é provavelmente uma obviedade e também uma piada sem graça. Mesmo assim, pensei seriamente sobre como fazer: talvez de um modo em que você leitor pudesse interagir, compondo junto comigo – e em tempo real – o conteúdo do que for discutido, talvez a apresentação de esquetes e efeitos auditivos disparados a medida em que você lê, capazes de lhe envolver e emocionar, ou ainda um modo de apresentação onde todos pudessem acompanhar o desenvolvimento do conteúdo à medida em que seguissem por uma exposição de peças artísticas, dedicadas a fruição presente nas mais originais obras… De fato me senti incapaz de definir o que considerasse algo “verdadeiramente criativo”.
Meu 1º podcast | Curso online e gratuito sobre produção de podcast
Galera, com muita alegria divulgamos a nova produção do Laboratório Criativo Esticando a Baladeira, o curso online gratuito
MEU PRIMEIRO PODCAST =)
Nele, o nosso querido intelectual do som, Elton Bastos, organizou uma série de conteúdos essenciais para quem gostaria de produzir um podcast mas não faz ideia de como começar.
Ele está disponível integralmente no canal do Youtube do Esticando em 4 aulas, totalizando mais de 1 hora de curso!
Se liga na descrição das aulas e nos links para cada uma delas:
Aula 1 – Produção de podcast com a Profª Eugenia Cabral
Aula 2 – Roteiro de podcast com o Profº Leandro Maciel
Aula 3 – Captação e edição de podcast com Elton Bastos | Parte 1
Aula 3 – Captação e edição de podcast com Elton Bastos | Parte 2
Aula 4 – Divulgação de podcast com o Profº Jorge Godoy
Quem puder e quiser, por favor, divulgue em suas redes sociais e em seus grupos de WhatsApp, passe para aquele amigo que sempre mostrou interesse em começar um podcast e, antes de tudo, ASSISTA E NOS CONTE O QUE ACHOU =)
Você pode conhecer mais sobre esse e outros projetos criativos no site esticandoabaladeira.com.br
Assine nosso podcast e nos avalie 😬
🎙 Apple Podcasts | https://is.gd/esticandonaapple
🎙 Google Podcasts | https://is.gd/esticandonogoogle
🎙 Spotify | https://is.gd/esticandonospotify
🎙 Deezer | https://is.gd/esticandonodeezer
Este curso só pode ser possível graças ao apoio da Secultfor e da Lei Aldir Blanc =)
Esticando a Baladeira #01 – Título é um Problema?
Muito prazer! Seja muito bem vindo! Neste primeiro programa da 1ª temporada, Diego Marques, Edmilson Jr e Jorge Godoy esticam a baladeira para tentar relacionar as visões de diferentes autores sobre a primeira etapa do processo criativo: a definição do problema. Bora com a gente?
Esticando a Baladeira #06 – Se se comunica, se publica?
EXTRA! EXTRA! Renomado Intelectual do Som revela conversa de três professores discutindo o que acreditam ser a sexta etapa do processo criativo: a publicação! Confira no feed do seu agregador favorito!
Esticando a Baladeira #04 – Quais as intenções na tensão?
Nesse episódio o filho de Edmil, Jorgiêgo e Dierge torcem e retorcem a forçação na discussão de outra provável etapa do processo criativo: a tensão. Estica essa liga e dispara o play!
O Aikido e sua filosofia criativa (parte 1)
Fui apresentado superficialmente ao Aikido da mesma forma que a maioria dos jovens expostos à TV aberta dos anos 90: pelos filmes do Steven Seagal.
Por muitos anos pensei que o Aikido fosse apenas mais uma arte marcial performática que rompia ligamentos e quebrava ossos. Quem diria.
Embora tenha praticado artes marciais “meia-bocamente” ao longo da vida, sempre tive a ideia de que se exercitar por meio da prática de uma arte marcial seria mais interessante do que ir à academia. Porém, por ser professor, a ideia de ministrar aulas com a cara roxa ou com um braço torcido me afastou de praticar algumas modalidades. Além disso, o espírito de competição excessiva fomentado por UFCs e cia. contaminaram diversas artes e academias, o que contribuiu de certa forma para que não me adaptasse à alguns locais que frequentei. Ainda assim, a busca da filosofia por trás de cada arte marcial me fez praticar Judô por quase dez anos e Kung-fu por quase dois. Me identifiquei muito com cada uma delas, mas ainda havia algo que faltava, mesmo sem saber o que era.
Certa vez, em um curso interno de “resolução de conflitos” no Senac, o Aikido foi citado constantemente pelo professor como uma arte que tinha como filosofia o não enfrentamento. Em quase todas as explicações sobre como se portar em conflitos do cotidiano, o Aikido aparecia em sua fala como uma resposta leve e profunda. E essa característica tão peculiar me fisgou.
Fui em busca de um dojo e encontrei a Samuru Aikido, do Sensei Saulo Martins, na boa e velha Zona Norte de São Paulo. Fui apresentado por ele aos movimentos básicos e logo percebi a diferença desta arte marcial para tantas outras: suas técnicas buscavam não usar força alguma para se defender. Para tanto, seria necessário harmonizar-se integralmente com a energia do seu oponente. As demonstrações feitas pelo Sensei foram executadas com movimentos aparentemente simples e obtiveram resultados tão impressionantes que fiquei me perguntando se não estaria presenciando uma luta simulada, ao estilo lucha libre.

Com poucos treinos já percebi que a prática do Aikido revelava características profundas em seu praticante. Cada movimento se tornava uma verdadeira aula de como perceber o outro e se unir a ele em rápidos momentos. Suas técnicas se originam do manejo de armas orientais, como a famosa katana, a espada samurai.
Para a cultura japonesa, tudo está conectado. A alimentação se relaciona com a agricultura familiar. A decoração do lar se relaciona com os fluxos de energia. Os arranjos de Ikebana são um reflexo do interior de quem os prepara, da mesma forma que o jardim de uma pessoa reflete seu estado de espírito. O praticante do Aikido se conecta com sua espiritualidade, sua religiosidade e com o próximo, na busca de harmonizar-se com o universo.
E o que isso tem a ver com criatividade?
Pra quem já segue o Esticando a Baladeira, sabe que uma das etapas vitais do processo criativo é o exercício da empatia, do deixar-se afetar. Embora isso seja apenas uma leve flertada com o tema, nos próximos artigos irei aprofundar mais essas relações entre a prática do Aikido e a criatividade. Será que dá pra esticar mais esse assunto?
Não deixe de comentar o que achou desse texto e não tenha pena de mim: critique com gosto!
Insightê a todos ?